Acima: Jelly Cleaver, Annabel McCourt; Abaixo: Susan Thompson, Wanja Kimani.

O Artists in Residence é um programa on-line de residências artísticas na área da arte e cultura que tem como objetivo desenvolver ideias, experimentar novas práticas e criar conexões.

Para realizar as atividades, abrimos chamadas públicas para a seleção tanto de artistas do Reino Unido quanto de organizações brasileiras, das áreas de artes e cultura como museus, festivais, centros de cultura, por exemplo, além de  organizações que trabalham com ciência e tecnologia, interessadas em receber uma residência artística de um(a) artista britânico(a), com os seguintes objetivos:

• Construir relacionamentos entre artistas, organizações e comunidades no Reino Unido, Brasil e internacionalmente;

• Oferecer experiência que permita aos criadores desenvolver sua prática artística, experimentar novas ideias e maneiras de trabalhar;

• Desenvolver oportunidades em mercados internacionais;

• Permitir que artistas e organizações culturais trabalhem de maneira diversa  e fortaleça as práticas através de residências.

 

Resultado da chamada – Organizações Brasileiras

Para esta primeira edição da chamada Artists in Residence, as seguintes organizações brasileiras selecionadas foram:

1.Instituto Mesa (RJ)

2.Despina (RJ)

3.Diversa Arte e Cultura (SP)

4.PretaHub (SP)

 

Resultado da chamada – Artistas Reino Unido

Estamos muito satisfeitos em anunciar e receber talentos do Reino Unido para a primeira edição do Artists in Residence do Programa Plural, no formato digital. As artistas selecionadas, e suas respectivas organizações brasileiras parceiras, são: 

1.Susan Thompson (UK) - Instituto Mesa (RJ)  

2.Wanja Kimani (UK) – Despina (RJ)

3.Annabel McCourt (UK) – Diversa (SP)

4.Jelly Cleaver (UK) - PretaHub (SP)

As residências oferecerão às artistas a oportunidade de criar trabalhos de forma original, construir relações, alcançar novos públicos e explorar a cultura brasileira. Trabalhando em colaboração com organizações anfitriãs, elas se conectarão às cenas artísticas e comunidades locais. Cada artista fará um registro e compartilhará de forma online a sua experiência. 

CONHEÇA AS ARTISTAS BRITÂNICAS RESIDENTES

Jelly Cleaver

Jelly Cleaver é guitarrista, produtora e cantora-compositora do sul de Londres, considerada pela revista Clash como artista excepcional e "alguém para se prestar atenção ", segundo o crítico Gilles Peterson. Recebeu o Prêmio Steve Reid de Inovação, é artista do Serious Take Five e foi nomeada para o Prêmio Ivors Composer. Com um profundo e eclético amor pela música, Jelly está fortemente envolvida tanto nas cenas de jazz quanto nas de DIY/pós-punk em Londres; como DJ está ativamente engajada em uma composição para piano e projeção.

Como ativista, traz uma tensão e dissidência política na música. Seu trabalho recente tem inspiração no anti-racismo, cosmovisões e justiça climática. Junto com seu projeto solo, ela lidera o All Day Breakfast Cafe e o conjunto de jazz espiritual chamado de The Forever Presence, além de tocar guitarra para o grupo Queen Colobus, Loucin e outros projetos. 

Annabel McCourt

Annabel McCourt é uma artista contemporânea internacional residente em Barton-upon-Humber, Reino Unido. Seu trabalho passa tanto pelas lentes do realismo social arenoso quanto pelas instalações artísticas e  públicas, além de imagens em movimento e intervenções arquitetônicas inspiradas por fatos, folclore e lendas. Seu renomado trabalho LGBTQIA+ Eletric Fence foi concebida durante Hull City of Culture em 2017 e desde então tem circulado por distintos locais, incluindo a Bienal de Arte Africana Contemporânea e “Dak’Art”, em Dakar, Senegal. 

O crime de ódio é uma presença sinistra e predominante na sociedade contemporânea. Fronteiras, barreiras e sinais de alerta passaram a fazer parte de nossa vida cotidiana. Ainda assim, estamos sendo mantidos de fora ou algo dentro está sendo mantido? Electric Fence é uma peça que provoca reflexão e de confronto. Ela encoraja o público a examinar as percepções, desafios e preconceitos que nos impactam e nos obrigam a enfrentá-los na vida moderna. Às vezes descrita como uma artista social interdisciplinar, o trabalho intransigente de McCourt explora a antiga luta coletiva entre moralidade e poder, certo e errado, bem e o mal. 

Sua participação em exposições internacionais incluem: 'Flying the Flag' - exposição individual - British Council UK/AUSTRALIA Season, c/o Midsumma Festival e Abbotsford Convent, Austrália (2022) 'Expectations', 'My Fence' (Electric Fence) e 'Delphine' exibido no Projeto Internacional III AMNUA, Museu de Arte de Nánjīng, China (2018).  Exposições individuais no Reino Unido incluem: 'REMOTE' - The Brynmor Jones Gallery, Hull (2020), 'Electric Fence' - The Collection e Usher Gallery, Lincoln (2020) 'Suffering Arcadia' - Scarborough Art Gallery (2019). 

Susan Thompson

Susan Thomson trabalha nos limites formais da arte visual, cinema e literatura, e atualmente está dirigindo a série de filmes Ghost Empire, financiada pelo Conselho de Artes da Irlanda. Ghost Empire § Chipre (2014), Ghost Empire § Cingapura (2014) e Ghost Empire § Belize (2021), e em produção Ghost Empire § Maurice (2023), que acompanham os desafios constitucionais das leis coloniais britânicas anti-LGBTQ+ e que tem participado de projeções internacionais, incluindo o Anthology Film Archives, Nova York; Kashish Mumbai Queer International Film Festival; Governo Escocês, Edimburgo; CCA, Glasgow; Limerick City Gallery; INIVA, Londres; Yale NUS; MICGénero Film Festival, Cidade do México, no qual foram indicados ao prêmio de melhor filme internacional. 

Ghost Empire § Belize (2021) estreou no Irish Film Institute Documentary Festival e ganhou dois prêmios no Indie FEST naquele ano; Prêmio de Reconhecimento (Longa Documentário), e Prêmio ao Mérito (Libertação/Justiça Social/Protesto), e Seleção Oficial no Liberation Docfest, Bangladesh, CAMRA Screening Scholarship Media Festival em Penn, em Catalyst International Film Festival, Irlanda em 2022. Susan  participou de residências na Queen Street Studios, Belfast, e Thinktank 'Trouble Ireland' no Fire Station Artists' Studios, Dublin, com Kuratorisk Aktion. Tem mestrado em Literatura Francesa pela Universidade de Oxford, mestrado em Línguas Modernas pela Universidade de Cambridge e mestrado em Belas Artes da IADT, Dublin. Seu livro The Swimming Diaries foi exposto e vendido no Artbook@PS1 MoMA, e colaborou para muitas publicações, incluindo Circa, Revista IMMA, e JSTOR. Seu filme Fire Practice Theatre (2009) foi exibido no 'No Soul for Sale' na Tate Modern, Londres. 

Wanja Kimani

O trabalho de Wanja flui entre performance, filme, texto e materiais  têxteis. Ela explora a memória através do corpo e a sua fluidez, dentro das estruturas sociais desenhados para cuidar e proteger, mas também para transformar em forças coercitivas dentro da sociedade. Movida por histórias sobre pessoas e lugares reais e imaginários, ela se insere em narrativas e usa seu corpo para explorar rituais, objetos e a paisagem rural.

Em 2021, ela foi selecionada e recebeu financiamento da New Hall Art Collection para responder à exposição 'Maud Sulter: The Center of the Frame', criando o filme e a publicação Tongues que explorou contos de fadas, linguagem e brincadeiras. Em sua produção artística atual, está experimentando palavras e corantes naturais de plantas. É doutora em Belas Artes pela Chelsea College of Arts, University of the Arts London. 

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