Educação na Inglaterra, formação de professores, carreira docente e ensino de ciências

A publicação Educação na Inglaterra: formação de professores, carreira docente e ensino de ciências é um material escrito pelos pesquisadores e professores Arthur Galamba e Roussel de Carvalho e busca apresentar brevemente o sistema educacional inglês ao público brasileiro.  

Acesse a publicação "Educação na Inglaterra"

O texto busca mostrar ao professor brasileiro algumas das principais caraterísticas da formação e da carreira profissional docente na Inglaterra, da estrutura escolar e dos princípios norteadores do currículo de Ciências.

Temas abordados na publicação:

A formação de professores na Inglaterra

A formação de professores na Inglaterra tem duas rotas tradicionais. Uma delas, menos conhecida, equivale ao curso de licenciatura que se oferece no Brasil. É, portanto, um curso de graduação, que dura três anos e que concede ao estudante o grau de Bacharel em Educação, além de um certificado de “Professor Qualificado” (chamado Qualified Teacher Status – QTS), normalmente exigido pelas escolas públicas.

A rota mais popular, entretanto, é obter o certificado de Professor Qualificado através de um curso de pós-graduação, chamado de Postgraduate Certificate in Education (PGCE). Este curso dura apenas um ano, oferecendo uma opção mais rápida de acesso à profissão de professor.

Na publicação, você encontra mais informações sobre como os profissionais se habilitam para dar aulas na Educação Básica na Inglaterra em comparação à trajetória desses profissionais no Brasil.

A carreira docente na Inglaterra

Para explicar a estrutura da carreira profissional inglesa, a publicação apresenta um contraste com a existente na escola pública brasileira.

No Brasil, a carreira docente pode ser representada, usualmente, na forma de “T-invertido”, com uma única hierarquia. Todos os professores possuem o mesmo nível de importância e, geralmente, não existem outros cargos de responsabilidade para professores dentro da escola pública brasileira, além da coordenação pedagógica — apenas um ou dois para toda a escola — e da equipe de direção. 

Já na Inglaterra, a estrutura da carreira docente segue um modelo piramidal, em que os professores mudam de cargo conforme absorvem novas responsabilidades dentro da escola ou adquirem qualificações específicas em gestão escolar. A possibilidade de crescer, em termos de responsabilidades e, consequentemente, de salários, faz parte da cultura gerencial criada nas últimas décadas nas escolas inglesas.

Para exemplificar este modelo, a publicação apresenta um organograma adaptado a partir da estrutura da Bohunt School Liphook, escola reconhecida por sua qualidade no ensino-aprendizagem. 

A estrutura curricular e o ensino de Ciências na Inglaterra

O currículo inglês segue a ideia de espiral, fornecendo temas comuns ao aprendizado em cada Key Stage (ciclo escolar), bem como em uma única aula ou em uma série de aulas. Isso, por sua vez, reforça o aprendizado dos alunos e oferece diversas oportunidades para que eles adicionem complexidade às ideias que possuem. 

Desde os primeiros anos, os alunos na Inglaterra são encorajados a compreender o mundo à sua volta por meio de um olhar científico, visando ao entendimento das “grandes ideias da Ciência” (como, por exemplo, Estruturas Biológicas, Ecologia, Forças da Natureza, Energia, Estruturas Químicas, Reações Químicas) que são revisitadas com maior profundidade nos Key Stages seguintes.

Tal modelo difere do currículo brasileiro, cujas disciplinas, muitas vezes, são apresentadas e organizadas em livros didáticos. Os alunos aprendem e são avaliados por conteúdos individualizados, e a interpretação dos autores de livro-textos e dos professores acaba levando a uma organização “tradicional” dos conteúdos, vistos separadamente nos anos dos Ensinos Fundamental e Médio.

Na publicação, é possível comparar a progressão escolar na Inglaterra e no Brasil, com as idades aproximadas dos estudantes em cada ciclo, e conhecer em mais detalhes, como são desenvolvidos os modelos curriculares de Ciências nos dois países.

O objetivo desta publicação é colocar o sistema inglês em perspectiva, mantendo em mente também o sistema brasileiro e buscando demonstrar as diferenças e similaridades entre ambos. 

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